Lâmpadas LED – o Branco Frio e o Branco Quente

Saiba como identificar as diferenças entre Branco Frio e Branco Quente na lâmpadas LED e suas melhores aplicações

Quando falamos em temperatura de cor de um produto de LED, podemos confundir com o calor físico de uma lâmpada. Porém, este termo não significa isso! A temperatura de cor num produto de LED refere-se ao tom de cor que ela emite ao ambiente.

Vamos fazer um breve retorno à natureza e analisar o comportamento do Sol. Quando acordamos, logo pela manhã, o Sol está emitindo um tom mais amarelado, correto? Ao longo do dia, a luz do Sol vai ficando mais branca, que é quando estamos no nosso pico de atividades. No final do dia, quando devemos relaxar, vem o pôr-do-Sol e toda sua cor alaranjada para nos trazer maior aconchego.

Com as luzes artificiais não é diferente. O Branco Quente, ou Luz Quente, remete a esse tom mais alaranjado de aconchego e relaxamento, enquanto o Branco Frio, ou Luz Fria, é quando devemos realizar nossas atividades com atenção e cuidado.

Como é medida

Nas lâmpadas de LED, esta temperatura de cor é medida em Kelvin (K), que é a grandeza que expressa a aparência de cor da luz. Ela varia entre 2700K e 6500K, sendo o menor número a luz quente e o maior, a luz fria.

Diferenças entre as Temperaturas de Cor

Conforme a temperatura varia, sua tonalidade também muda. Entenda as diferentes temperaturas de cor:

Branco Frio: é a temperatura de cor acima de 5500K. Ela remete a um branco mais brilhante, e sua tonalidade é bem intensa.
Branco Quente: é o tom da luz que varia entre 2700K e 3500K. Ela emite um tom laranja amarelado, muito semelhante às antigas incandescentes;
Branco Neutro: é a temperatura de cor entre 4000K e 5000K. Essa luz não é mais amarelada, mas também não é totalmente branca. Está no meio termo das duas, trazendo a sensação da luz de “dias nublados”;

Uso em cada ambiente

A escolha da temperatura de cor ideal para cada ambiente da sua casa ou ambiente empresarial é uma opção pessoal, porém existem algumas recomendações que valem a pena ser seguidas. Dê uma olhada!

Branco Quente ou Luz Amarela 

O Branco Quente, ou Luz Amarela, é a temperatura de cor mais laranja/amarelada. Ela lembra muito o efeito que as antigas incandescentes proporcionavam: ambientes com luz baixa, relaxante e que traziam maior aconchego.
Devido a isso, essa temperatura de cor é recomendada, no ambiente residencial, para quartos, salas de estar e de jantar, pequenos cômodos, iluminação de detalhes, etc.

Já na arquitetura comercial, essa iluminação branca quente é utilizada em lojas e restaurantes mais sofisticados, onde é desejável a permanência dos clientes por mais tempo –e com maior intimidade.

Branco Neutro ou Luz Neutra

Por não trazer a sensação de relaxamento como a Luz Quente, os tons mais frios são os aconselhados para atividades que requerem maior atenção. A Luz Neutra possui um tom mais branco do que a anterior, porém não chega a ser “desagradável” aos olhos. Justamente por isso, ela é bastante encontrada em ambientes corporativos, pois é mais confortável visualmente, sendo ideal para a permanência prolongada dos ocupantes do estabelecimento.

No ambiente residencial, ela pode ser utilizada em cozinhas, banheiros, corredores, home offices ou áreas comuns em condomínios.

Branco Frio ou Luz Branca

Por fim, temos a Luz Branca, ou temperatura de cor Branco Frio. Essa tonalidade da luz é a mais forte, trazendo um aspecto de luz clara, bem brilhante. Ela é a cor da luz mais parecida com a luz do dia, fazendo nosso organismo pensar que ainda é dia –por isso, é muito recomendada para ambientes que requerem maior atenção e nível de atividade.

Nos ambientes residenciais, ela pode ser usada na área de serviço, em cozinhas, banheiros, corredores, home offices ou áreas comuns de condomínios. No ambiente profissional, seus usos mais comuns são em hospitais, cozinhas industriais, iluminação pública e estabelecimentos comerciais de alta rotatividade (fastfoodse lojas de departamento, por exemplo).

Influência na sua saúde

As diferentes temperaturas de cor também influenciam no seu organismo. Não é apenas um efeito psicológico, mas existe uma explicação da biologia por trás disso! Vamos comprovar para você os motivos de a luz quente ser indicada para ambientes relaxantes, enquanto a luz branca é indicada para lugares de maior atenção. Continue lendo!

Efeitos no seu cérebro

Na retina do nosso olho, existem células fotorreceptoras, as quais não estão relacionadas com a visão, mas sim com a detecção da intensidade da luz ambiente atuando na regulagem do tamanho da pupila, resposta do olho e, principalmente, pela regulação do ritmo cardíaco, produção de hormônios como o cortisol, melatonina, entre outros, e pela liberação da melatonina pela glândula pineal que fica no centro do cérebro.

A melatonina é o hormônio responsável pela regulação química do ciclo “dormindo-acordado”. Sua liberação no sangue humano aumenta antes da meia-noite e atinge os maiores níveis durante a noite e é completamente dependente do espectro de luz recebido.

Controlando a quantidade de luz azul no espectro, controla-se o ritmo cardíaco. Diminuindo a porção de luz azul, o corpo entra em estado de sonolência: o ritmo cardíaco diminui com a liberação da melatonina na corrente sanguínea. Por consequência, aumentando sua quantidade a resposta é o estado de alerta com a retirada do hormônio da circulação sanguínea. Dessa forma, a iluminação do ambiente pode ser usada em benefício da saúde e bem-estar humano, potencializando o nível de atenção e de descanso.

Por isso, é importante que você siga as instruções de uso de cada temperatura de cor no ambiente, para que você obtenha máximo aproveitamento de cada situação do seu dia-a-dia.

Riscos à exposição excessiva à luz azul

A luz azul, ou seja, a luz com temperatura de cor elevada, é a mais parecida com o “Sol do meio dia”. Por isso, devemos ser expostos à essa temperatura apenas em momentos que requerem atenção em nossas atividades, bem como devemos respeitar o ciclo “dormindo-acordado” do nosso relógio biológico.

Levando isso e tudo o que já vimos neste e-book em consideração, sabemos que a supressão da melatonina e de outros hormônios da corrente sanguínea só é benéfica durante o dia para manter nossos níveis de alerta. Após o pôr-do-Sol, no entanto, sua liberação é necessária para ativação do estado de descanso e para manter o nosso relógio biológico ajustado. Luz azul em excesso, fora do período correto, se torna um malefício para o indivíduo, podendo levar a descompensações fisiológicas, comportamentais e psicológicas.

Como consequência, o excesso de tempo de exposição de luz azul pode contribuir para a causa de câncer, diabetes, doenças cardíacas, obesidade e insônia. O excesso é entendido como exposição ao espectro azul fora das condições naturais.

Um dos maiores vilões da nossa atualidade são os smartphones. Todas as telas de celulares emitem a luz azul, fazendo com que tenhamos atenção ao utilizarmos nossos aparelhos. Porém, é muito comum você mexer no seu smartphone antes de dormir, não é mesmo? Ainda mais quando você está com aquela insônia e está esperando o sono chegar –e mal sabe você que justamente mexer no celular pode ser a causa desta insônia. Muitos smartphones possuem a funcionalidade de alterar a temperatura de cor da tela, deixando-a mais alaranjada. Verifique no seu aparelho e ajuste para esta modalidade ficar ativa entre 19h e 6h!

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